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AIDS & Circuncisão
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O relatório pede uma discussão aberta sobre abstinência, práticas sexuais seguras e contraceptivos em escolas (Heuthers Health, p. 1, 2). Em todo lugar, a declaração foi feita desafiando inclusive a idéia dos contraceptivos, um tópico que surgiu no fim da Conferência de Bispos Católicos do Sudeste da África em Pretória, que durou 6 dias. Os bispos sentiram que, ‘os condons podem até ser uma das razões principais para a propagação do HIV/AIDS. Além da possibilidade dos condons serem defeituosos ou mal-usados, eles contribuem para quebrar o auto-controle e a confiança mútua’ (RNS, p.1). Eles citaram uma razão diferente para a propagação do HIV e AIDS – o declínio de homens circuncisados.
Allah
(swt) nos deu orientações no Qur’an, que desempenham papéis
importantes em todos os aspectos de nossas vidas e práticas de saúde.
O Qur’an trata inclusive da propagação de vírus. Enquanto o HIV e a
AIDS se tornaram a causa principal de morte entre mulheres na faixa dos
20 – 40 na Europa, África subsaariana e América do Norte (About,
p.1), a indústria mundial de drogas contra HIV e AIDS continua a falhar
em encontrar uma cura. Enquanto isto, vírus resistentes às drogas tem
aumentado, e debates continuam sobre os benefícios da circuncisão
masculina para a saúde. Isto,
entretanto, não altera as descobertas de John e Pat Caldwell, que
contam uma estória assustadora. Com mais de 30 anos de experiência em
dinâmicas familiares e controle de fertilidade na África subsaariana,
os Caldwells começaram a trabalhar com as doenças sexualmente
transmissíveis na região nos anos 70, tomando todas as teorias
existentes em consideração. A teoria mais popular é de que doença se
originou lá, entretanto, esta teoria é enfraquecida pelo fato de que
os casos de AIDS ocorreram em hospitais em Uganda e Ruanda ao mesmo
tempo que ocorreram no Ocidente. O único fator comum na propagação da
AIDS na África que os Caldwells encontraram foi a questão da circuncisão
masculina, que geralmente não era praticada no coração do Cinturão da
AIDS – República Central Africana, Sudeste do Sudão, Uganda, Quênia,
Ruanda, Burundi, Tanzânia, Zâmbia, Malaui, Zimbábue e Botsuana
(Caldwell, p. 40). Evidência
epidemiológica indica a superfície interna do prepúcio, que contém
células de Langerhans que atuam como receptores de HIV – um ponto
provável de entrada dos homens não-circuncisados. Um epitélio (tecido
membranoso) escamoso estratificado queratinizado cobre a abertura
peniana e a superfície externa do prepúcio. Isto fornece uma barreira
protetora contra a infecção HIV. A mucosa interior da superfície do
prepúcio não é queratinizada e é rica em células de Langerhans.
Durante relações íntimas, a totalidade da superfície interna do
prepúcio é exposta às secreções vaginais, provendo uma área
aumentada para a transmissão do HIV. Quarenta
estudos fornecem evidência de que a circuncisão masculina protege
contra todas as doenças sexualmente transmissíveis, e que homens
circuncisados são 2 a 8 vezes menos propensos a serem infectados.
Robert Szabo conclui que a circuncisão, como praticada pelos
muçulmanos, seria a intervenção mais efetiva a nível imediato para
reduzir a transmissão de HIV, uma vez que é feita antes que os homens
sejam ativos sexualmente (Szabo, p. 1-3). O epidemiologista Robert Baily
da Universidade de Illinois, em Chicago, disse, ‘Ninguém quer ser o
primeiro a fazer uma declaração de suporte à circuncisão masculina’.
Nos Estados Unidos e Europa existem grandes movimentos anti-circuncisão,
portanto pessoas não querem promover algo na África que é
desencorajado aqui…’ (Shillinger,
p. 2).
Também
existem obrigações adicionais de higiene e conduta social dentro do
casamento. Entretanto, isto não significa que os muçulmanos são
imunes ao HIV e à AIDS, uma vez que as práticas islâmicas se tornaram
comprometidas por outros fatores. Atualmente, 50 por cento das mulheres
marroquinas estão infectadas com HIV por seus maridos (Clinton, p. 3). Por
agora, pelo menos, o caminho mais seguro a seguir é o de limpeza e pureza,
o que a ciência moderna confirmou.
Texto:
'AIDS & Circumcision' de Hwaa Irfan veiculado inicialmente no site
islâmico Islam Online
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