Conceitos Islâmicos Básicos

 


 

 

 

 

"E se contardes as graças de Allah, não poderei enumerá-las. Sabei que o homem é iníquo e ingrato por excelência."

(Alcorão surata 14:34)


O que significa a palavra "Islã"? 


A palavra Islã deriva da raiz árabe “salaam” que significa Paz. Islã também significa “submissão voluntária à vontade de Deus” que seria, segundo o conceito islâmico, a maneira de se alcançar a paz interior. O Islã, em sua forma original, não demanda uma crença irracional. Propõe ao contrário, a fé inteligente, uma inter-relação entre fé e razão. Convida
ao desenvolvimento da observação, da contemplação e da reflexão.


O antagonismo entre religião e ciência não existe no Islã. Foi esta estreita ligação entre fé e razão que habilitou a cultura islâmica não só a absorver como a vivenciar o conhecimento útil, incluindo o dos povos antigos. 


Os muçulmanos rejeitam o termo Islamismo, frequentemente utilizado como sendo o nome de sua religião, já que a palavra Islã aparece no Alcorão como sendo o nome da religião de Deus e aquele que deve ser adotado por eles. Aparentemente este termo surgiu com a finalidade de tentar padronizar as nomenclaturas de ideologias religiosas (Judaísmo,
Cristianismo, Budismo, etc.) e políticas (Marxismo, Socialismo,
Capitalismo, etc.) 


O que significa "ser muçulmano"?


É comum se considerar como muçulmano toda pessoa que nasce dentro da religião islâmica, mas o “ser muçulmano” tem um conceito mais amplo dentro da ideologia islâmica. Na verdade a palavra muçulmano significa “aquele que se submete à vontade de Deus” e dentro deste conceito, todo o Universo é muçulmano por não lhe ser possível alterar a ordem a que está
 submetido e que para os muçulmanos, foi designada por Deus.


Quanto ao ser humano, os muçulmanos crêem que toda pessoa ao nascer é em essência muçulmana, não como um simples adepto de uma religião, mas dentro deste conceito mais amplo referido anteriormente. 


Ao crescer, por dispor do livre-arbítrio, poderá ou não seguir as leis consideradas divinas e que caracterizarão a sua submissão, agora voluntária, a vontade de Deus.


Também existem aqueles que nascendo dentro de uma família de tradição muçulmana, se afastam posteriormente da prática religiosa apesar de continuarem se referindo a si próprios como muçulmanos, dando erroneamente a este conceito o sentido de nacionalidade ou etnia.


É interessante notar que em função deste conceito mais amplo de “ser muçulmano”, a idéia de “conversão” na realidade não existe dentro da ideologia islâmica e aquele ou aquela que tenha se “convertido”, é considerado como tendo “retornado ao Islã”. 

Texto de Maria C.  Moreira & Márcia Vianna Gaspar

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