Hoje nós sabemos que o processo da criação pode ser medido em bilhões de anos.
Os editores sacerdotais, ou a Bíblia, não poderiam ter conhecimento disto. Em sua ânsia de impor a observância do Sabbath aos outros, eles escreveram que Deus descansou no primeiro dia do Sabbath, após terminar seu trabalho de criar os céus e a terra. Os seis dias da criação no livro do Gênesis, então, são claramente como seis dias de qualquer dos sete dias da semana.
Os editores sacerdotais tornaram claro que um dia significa um período entre um
por do sol e outro. Seis dias significam de domingo a sexta-feira. Eles
acreditavam que a razão porque o dia de Sabbath se tornou sagrado é porque o
próprio Deus tinha descansado nesse dia.
Portanto, os editores nos dizem:
" Terminou Deus no sétimo dia toda a obra que fizera, e
descansou no sétimo dia de toda a obra que havia feito. Deus abençoou o sétimo
dia e o santificou, porque nele ele descansou de toda a sua obra de
criação " (Bíblia Católica, Gênesis 2: 2).
Se
isso já não fôsse suficiente, os editores levaram a idéia que Deus descansou
longe demais, quando escreveram o seguinte:
" Em seis dias o Senhor fez o céu e a terra, e no sétimo
dia descansou, e foi refrescado " (Bíblia Sagrada, Versão do Rei
James, Êxodo 31: 17).
A idéia de que Deus descansa e que se refresca como seres humanos teve que ser
corrigida por Jesus, sobre ele a paz, quando, de acordo com João, ele declarou
que Deus nunca pára de trabalhar, mesmo no Sabbath (veja João 5: 16).
Deus esclareceu a matéria em Suas próprias palavras quando declarou:
" E verdadeiramente Nós criamos os céus e a terra e
tudo que está entre eles em seis dias, e nenhum cansaço Nos tocou" (Qur'an
50: 38 ver também v. 15).
Os versos corânicos refutam claramente a idéia de que Deus descansou. Deus, de
acordo com o Qur'an, não se cansa.
’Nem a inatividade nem o sono O alcançam’
(Qur'an 2: 255).
Mas e sobre o período da criação? Eram seis dias no Qur'an também?
Na citação acima do Qur'an, o termo traduzido como ‘dias’ pode significar, de acordo com o Dr. Maurice Bucaille, " não apenas ‘dias’, mas também ‘períodos longos de tempo’, um período indefinido de tempo (mas sempre longo)" ('A Bíblia, o Qur'an e a Ciência', p. 139).
O Dr. Bucaille destaca que o Qur'an fala "de
um dia cuja medida é de mil anos de sua contagem " (Qur'an 32: 5).
O Qur'an fala também "de um dia cuja medida é
50.000 anos " (Qur'an 70: 4).
O Dr.Bucaille indica que, por muito tempo, antes de nossas idéias modernas sobre
o período envolvido na criação, os comentadores do Qur'an compreenderam que
quando o Qur'an fala de seis dias da criação, não significa seis dias como os
nossos, mas sim seis períodos. Abu al Su'ud, por exemplo, escrevendo no século 16, compreendeu-o como seis
eventos (veja 'A Bíblia, o Qur'an e a Ciência', p.139).
Mais uma vez, vemos que o Qur'an evitou repetir um erro que foi estabelecido em
um livro precedente - um erro que não foi descoberto até os tempos modernos.
Em vista disto, pode alguém insistir que o Qur'an é o trabalho de um homem?
Texto baseado no livro 'A Bíblia, o Alcorão e a Ciência' do dr. Maurice Bucaille. Retirado do site 'Islam - The Modern Religion'.