Os Direitos das Crianças
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Menininho muçulmano ao lado do pai, durante a oração.
O Islã orienta os muçulmanos em todos os aspectos da vida portanto não seria diferente em relação à educação dos filhos. Para garantir à criança uma série de direitos, o Islã instrui os muçulmanos a observar uma atitude correta mesmo antes de seu nascimento. Quando pais muçulmanos são abençoados com o nascimento de uma criança, o primeiro procedimento é lhe dar um banho e vesti-la. Depois disso a mensagem da Unicidade de Allah e da profecia de Muhamad (SAWS) deve alcançá-la através da repetição do "Azaan" ( a chamada para a oração no Islã) em seu ouvido direito. Além disso, existem alguns direitos básicos da criança que são estabelecidos no Islã e que serão apresentados aqui com uma breve discussão das implicações de sua não-observância e os seus reflexos na sociedade, seja ela islâmica ou não.
Estes direitos são:
"É pecado suficiente para uma pessoa não cuidar daqueles cuja alimentação é sua responsabilidade".
É em parte para garantir este direito que o Islã permite a poliginia (o homem ter mais de uma esposa), mas não a poliandria (a mulher ter mais de um marido). No caso da poliginia não há dúvidas quanto a paternidade da criança, o que não ocorre com a poliandria. Em alguns textos feministas a restrição à poliandria é apresentada como uma garantia dada ao homem da legitimidade de sua descendência, sem considerar os direitos da criança em saber quem é seu verdadeiro pai. Pela mesma razão o Islã proíbe a adoção legal, que concede à criança o nome de seus pais adotivos tornando-a um descendente legítimo. No Islã é permitida a guarda legal e a criança pode receber herança de seus pais adotivos em forma de doação, mas não é considerada legalmente um descendente de seus pais adotivos. Este fato não impede que os guardiões legais amem e cuidem da criança com o amor que dedicariam a um filho verdadeiro, mas evita que a criança acredite pertencer à uma família que na realidade não é a sua, perdendo completamente suas raízes e origens. Também deste direito da criança decorre uma obrigação islâmica que frequentemente é vista como um simples tabu ou forma de repressão sexual: a proibição de relações sexuais fora do casamento, para muçulmanos e muçulmanas. É desnecessário enumerar aqui todos os problemas psicológicos e discriminações sofridos pela criança que não conhece o pai ou a mãe ou a ambos. Embora técnicas modernas permitam identificar com boa margem de segurança a paternidade de uma criança, ainda não foi possível desenvolver uma "técnica" que faça o pai amar o filho reconhecido nestas circunstâncias.
"Escolha a mãe para seus filhos e case com uma boa mulher." Em outro "hadith" o profeta (SAWS) diz: "As pessoas se casam por 4 razões: riqueza, origem, beleza e religião. Case pela religião e seus filhos estarão salvos." O mesmo se aplica às muçulmanas na escolha de seu futuro marido.
"Se um homem religioso vier até você para casar com sua filha deixe-os casar, de outra forma haverá corrupção." É direito da criança ser educada dentro da maneira islâmica e que lhe sejam ensinadas boas maneiras. Educação e gentileza são parte da fé e estes conceitos devem ser passados para a criança ao longo de sua educação. E acima de tudo é direito da criança ser tratada com carinho e amor. É importante lembrar do desagrado do profeta Muhamad (SAWS) ao saber que Al-Aqra ibn Habis nunca havia beijado nenhum de seus filhos. Ao ouvir esta afirmação o profeta (SAWS) lhe disse: "Você não tem nenhuma misericórdia ou ternura. Aqueles que não tem misericórdia, não terão a misericórdia de Allah." Elaborado por Maria C. Moreira, webmistress do Islamic Chat. Fonte: Livro "Suitable Names for Muslim Children" - África do Sul: Waterval Institute, s/d e o artigo "The Rights of Children in Islam" - The Islamic Work and Educate Home Network.
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