|
Por que Duas Mulheres como Testemunhas?
|
|
|
A
pergunta que repetidamente surge é a concernente a 'posição das
mulheres no Islã'. Sábios muçulmanos foram capazes com grande êxito
- apesar do excesso de deformidade e deturpação - de demonstrar a posição
verdadeira das mulheres muçulmanas; especialmente da liberação das
mulheres no advento do Islã. A norma islâmica
em questões tais como herança, o direito ao ganho, o direito
à propriedade etc., reforçou esta posição e foi prescrita por Allah
- o Deus Verdadeiro - muito antes de nações ocidentais pensarem em
tais conceitos! A
questão do testemunho de duas mulheres em lugar de um homem é o foco
do presente trabalho. Como tornar-se-á claro ao leitor objetivo e
sincero, o estado intelectual de uma mulher muçulmana não é
prejudicado e nem degradado pelo mandamento de que se duas testemunhas
masculinas muçulmanas não estão disponíveis então um muçulmano e
duas muçulmanas devem ser convidadas a testemunhar. Antes, esta injunção
está em harmonia perfeita com a natureza e a psicologia da mulher como
tornar-se-á evidente por citações de psicólogos, psiquiatras e
pesquisa médica. A
passagem do Qur' aan (2:282 de Baqarah) em que o requisito acima citado
é feito tem usura, capital e dificuldades do devedor como seu tema.
Allah concede diretrizes em questões que se relacionam a obrigações
monetárias. Então transações de negócio são abordadas. Nesta seção,
o requisito para todas as transações por escrito é declarado bem
enfaticamente (Reduza-os a escrito...). A seção posterior descreve a
responsabilidade do escriba, ou em palavrear moderno, a pessoa responsável
por redigir o acordo. A seção seguinte descreve a responsabilidade e a obrigação da pessoa que
incorre na dívida. A seção posterior explica como proceder se a parte
que assume a dívida não pode efetivamente redigir o contrato – por
ser fraco ou deficiente mentalmente, ou ser incapaz de ditar – então
seu responsável deve redigir o contrato e escolher duas testemunhas
adequadas para observar. Deve ser entendido que esta situação surge se
a parte em dívida não é capaz de redigir o contrato sozinho/a. A
condição de colocar as coisas por escrito continua suprema. A
seção seguinte então explica que dois homens devem ser chamados para
testemunhar e se dois homens não estiverem disponíveis (e se não
tiverem dois homens...) então um homem e duas mulheres. A legislação
então continua e relembra enfaticamente que não se deve ser
complacente em colocar TODO
o acordo por escrito – independente se estes acordos são
maiores ou menores porque isto é o mais JUSTO aos olhos de Allah e mais
seguro como evidência. A passagem seguinte do Alcorão explica que por
razões práticas pode não ser sempre possível que a redação do
acordo seja realizada no local em que é efetivado. Neste caso, é também
recomendado que seja testemunhado. A seção que segue então determina
as linhas gerais que devem ser seguidas no caso de testemunhas não
estarem presentes. O
propósito em dar o resumo acima é chamar a atenção para o fato de
que a questão do testemunho das mulheres se relaciona, neste
caso, a acordos comerciais e não é uma DECLARAÇÃO DE SUA CONDIÇÃO. Deixe-nos
olhar para a seção sob investigação em maior detalhe. Allah disse: E
tome duas testemunhas entre seus homens, e se não existirem dois homens
então um homem e duas mulheres como testemunhas - de modo que se uma
delas errar, a outra possa relembrá-la..
[2:182 de Baqarah] Um
número de questões (assim como sobrancelhas!) se levantam quando esta
passagem é lida. As perguntas freqüentemente incluem:
Mulheres têm memórias mais fracas que os homens?
Por quê duas mulheres são necessárias no lugar de um homem?
As mulheres são inferiores aos homens? Deve-se
lembrar que o Profeta Muhammad (sas) não era um fisiologista, psiquiatra
ou cirurgião. Era um iletrado que não podia ler ou escrever. Passou a
revelação exatamente como a recebeu. Allah, o Criador, com Sua sabedoria
infinita deu as diretivas que melhor
serviam à raça humana. Ele é o Criador, portanto, Ele conhece o homem
melhor que o próprio homem. Nesta
época científica podemos explorar a importância desta legislação.
Muito foi descoberto desde os dias iniciais do Islã. E cada dia de
progresso produz um melhor entendimento da última revelação do Criador,
Allah, para a criação, a raça humana. Como
mulheres, nós estamos cientes das tensões psicológicas cíclicas em que
a mulher tem que encontrar-se a cada mês. Os sintomas durante o início
da gravidez, as depressões
pré e pós natal, o fenômeno da menopausa, os problemas psicológicos e
fisiológicos devido à infertilidade e por último mas não menos
importante os problemas psicológicos decorrentes do aborto espontâneo. É
sob estas situações que mulheres podem experimentar tensões psicológicas
extraordinárias dando origem à depressão, falta de concentração,
compreensão demorada e PERDA DE MEMÓRIA DE CURTA DURAÇÃO. Deixe-nos
examinar estes episódios de forma mais detalhada e com referências médicas
do mundo científico. TPM é um termo para mais de 140 sintomas diferentes
e existem muitas evidências de que causa muita infelicidade à muitas
mulheres, e conseqüentemente, às suas famílias. ‘Psychiatry
in Practice’ (Psiquiatria na Prática), na edição de abril de 1983
afirma: " quarenta por cento das mulheres sofrem da síndrome pré-menstrual
em alguma forma e uma em quatro de nossas mulheres tem suas vidas
severamente descontinuadas por ela.
O
Dr.
Jill
Williams, clínico geral de Bury, dá orientações em como reconhecer
pacientes em risco e sugere um tratamento adequado."1
Na
mesma edição, George Beaumont em um encontro sobre síndrome pré-menstrual
no Royal College de Obstetras e Ginecologistas
em Londres, disse: "Algumas autoridades argumentariam que 80 por cento das mulheres têm algum
grau de desconforto no seio e abdômen que é pré-menstrual mas que
somente aproximadamente 10 por cento delas se queixam a seus médicos - e
somente por causa de sensibilidade severa nos seios e depressão... Outras
autoridades tem sugerido que a síndrome pré-menstrual é um problema
novo, ovulação regular por 20 anos ou mais sendo um fenômeno causado '
pela civilização ', ' progressos médicos’, e um conceito alterado do
papel das mulheres."
2 Em
seu exame de ocorrência de mudança física e psicológica durante o período
exatamente anterior ao início da menstruação lemos na ‘Psychological
Medicine’ (Medicina Psicológica): "
Muitos estudos relataram um aumento na probabilidade de vários efeitos
negativos durante o período pré-menstrual. Nesta categoria estão muitas
designações emocionais incluindo irritabilidade, depressão,
tensão, ansiedade, tristeza, insegurança, letargia, solidão,
choro, fadiga, inquietação e mudanças
de humor. Na maioria dos estudos, os investigadores descobriram ser difícil
de distinguir entre os vários efeitos negativos, e somente alguns
permitiram-se ser excessivamente atentos com as diferenças que podiam ou
não existir entre os sintomas." 3
No mesmo artigo lidando com as mudanças comportamentais na fase pré-menstrual lemos: " Uma relação significativa entre a fase pré-menstrual do ciclo e uma variedade de formas específicas e definidas de comportamento foi relatado em um número de estudos. Com a finalidade de sua revisão, estas formas de comportamento foram agrupadas sob os títulos de comportamento agressivo, comportamento doentio e acidentes, desempenho no exame e outros testes e performance esportiva." 4 A extensão dos testes retrata como o comportamento feminino é afetado nestas situações.
Na
‘Síndrome Pré-menstrual ', C. Shreeves escreve: "
Reduzido poder de concentração e memória são aspectos familiares à síndrome
pré-menstrual e somente podem ser remediadas tratando as reclamações
subjacentes."
Isto não significa, naturalmente, que as mulheres são mentalmente
deficientes absolutamente. Além disso, as mulheres enfrentam o problema da depressão pré e pós natal, e ambas causam ciclos extremos de depressão em alguns casos. De novo, estes sintomas recorrentes afetam naturalmente a mente, ocasionando sonolência e memória entorpecida.
Sobre
o assunto gravidez na ‘Psychiatry in
Practice’ (Psiquiatria na Prática), Outubro-Novembro de 1986,
aprendemos que: "
Em uma experiência ' Cox ' encontrou que 16 por cento de uma amostra de
263 mulheres grávidas estavam sofrendo de problemas psiquiátricos
clinicamente significativos. Oitenta por cento tinha neurose depressiva e
1,9 por cento tinha neurose fóbica. Este estudo mostrou que a proporção
de mulheres grávidas com problemas psiquiátricos era maior que a
encontrada em um grupo de controle mas a diferença tendeu em direção à
significância.”
5 Com
relação aos sintomas durante o ciclo pós-natal a Dra. Ruth Sagovsky
escreve: “A
terceira categoria de problemas do puerpério é a depressão pós-natal.
É geralmente acordado que de 10 a 15 por cento das mulheres se tornam
clinicamente deprimidas após o parto. Estas mães experimentam uma
variedade de sintomas como ansiedade, especialmente em relação ao bebê,
irritabilidade e fadiga excessiva são comuns. O apetite usualmente
diminui e frequentemente existem consideráveis dificuldades do sono. As mães
perdem o interesse em coisas que gostavam antes do nascimento do bebê e
descobrem que sua concentração se torna prejudicada. Frequentemente
sentem uma culpa irracional e se culpam por serem ‘más’ esposas e mães.
Cinqüenta por cento destas mulheres não são identificadas como tendo uma
doença depressiva. Infelizmente, muitas delas não entendem o que as
incomoda e culpam seus maridos, seus bebês ou a si mesmas até que os
relacionamentos se tornam tensos a um nível alarmante..."
6
"...Fazer
o diagnóstico da depressão pós-natal nem sempre é fácil. Freqüentemente
a depressão começa a tornar-se
um problema sério ao redor do três meses após o parto, quando o contato
freqüente com o visitante de saúde está diminuindo. A mãe pode não
apresentar uma disposição deprimida. Se vem ao centro de saúde
apresentando o bebê como o paciente, a natureza verdadeira do problema
pode ser perdida. Quando a mãe está continuamente ansiosa sobre o bebê
apesar de afirmação reiterada, então os responsáveis pelos cuidados básicos
de saúde precisam ficar cientes da possibilidade de depressão. Às vezes
estas mães apresentam dificuldades conjugais, e é fácil confundir causa
e efeito, em vista da baixa disposição como parte do problema conjugal.
Às vezes, só quando o marido está bem torna-se óbvio que é uma doença
depressiva pós-natal que levou à deterioração no casamento."
7
Mais
uma vez há uma necessidade de estudar os efeitos da menopausa sobre os
quais muito pouco é sabido até hoje. Esta fase na vida da mulher pode
começar a qualquer momento no meado dos trinta até o meado dos cinqüenta
anos e pode durar por 15 anos. Escrevendo
sobre os anos pré-menopausal, C.B. Ballinger afirma: "Várias
das pesquisas de comunidade indicam um aumento pequeno mas significativo
em sintomas psiquiátricos em mulheres durante os cinco anos anteriores à
cessação do período menstrual... A característica clínica bem óbvia
desta fase transitória da função menstrual é a alteração no padrão
menstrual, o ciclo menstrual que torna-se mais curto com a idade, e a
variabilidade na duração do ciclo tornam-se muito proeminente
imediatamente antes da cessação da menstruação. A menorragia é uma
queixa comum neste período, e é associada com níveis mais altos que os
normais de desequilíbrio psiquiátrico."
8
Em
um artigo sobre o fenômeno da menopausa no Newsweek International de 25
de maio de 1992, a Dra. Jennifer al-Knopf, Diretora do Programa de Terapia
Conjugal e do Sexo da Universidade
Northwestern escreve: "...
As mulheres nunca sabem o que seus corpos estão fazendo a elas... algumas
relatam sintomas debilitantes desde ondas de calor a suores noturnos, insônia,
irritabilidade, alterações de humor, perda de memória de curta duração,
enxaqueca, dores de cabeça, inconsistência urinária e ganho de peso. Os
problemas da maioria podem ser traçados a partir da redução dos hormônios
femininos estrogênio e progesterona,
ambos os quais governam o ciclo ovariano. Mas cada mulher começa com um nível
diferente de hormônios e os perde em índices diferentes. O imprevisível
é um dos aspectos mais perturbadores. As mulheres nunca sabem o que o que
o seu corpo está fazendo a elas. .." Então
existem os aspectos psiquiátricos da infertilidade e do aborto espontâneo.
No assunto infertilidade, a Dra. Ruth Sagovsky escreve: "Depressão,
raiva e culpa são reações comuns à aflição. Na infertilidade há a
dor adicional de não haver com quem lamentar. Os familiares e amigos
podem contribuir para o sentimento de isolamento através de comentários
insensíveis. O ginecologista e agentes de saúde têm que tentar ajudar
estes casais contra uma angústia considerável."
9 Com
relação ao aborto espontâneo o artigo continua: "O
aborto espontâneo raramente é mencionado quando se considera o aborto.
Entretanto, o aborto espontâneo pode às vezes ter seqüelas psicológicas
profundas e é importante que as mulheres afetadas recebam o apoio que
necessitam. Aproximadamente um-quinto de todas as gravidezes terminam em
aborto espontâneo e os efeitos raramente são reconhecidos. Se entretanto,
o aborto espontâneo ocorre no contexto da infertilidade, a reação
emotiva pode ser severa. O nível de sofrimento dependerá do quanto a
gravidez é desejada pelo casal."
10
Também,
o fato de que mulheres são sabidamente mais sensíveis e emotivas que os
homens não deve ser ignorado. É bem sabido, por exemplo, que as mulheres
sob idênticas circunstâncias sofrem muito mais ansiedade que os homens.
Numerosas referências médicas neste aspecto do comportamento feminino
podem ser fornecidas mas para cotar apenas uma, lemos em ‘Sex
Differences in Mental Health’ ('Diferenças dos Sexos em Saúde Mental')
o seguinte: "Pesquisas
encontraram diferentes correlações de ansiedade e neurose nos dois sexos.
As mulheres e os homens não tornam-se igualmente perturbados pelas mesmas
coisas, e esta perturbação não tem o mesmo efeito em homens e mulheres.
Ekehammer (1974; Ekehammer, Magnusson e Ricklander, 1974) usando dados de
116 jovens de 16 anos, fez um
fator análise sobre a auto-relatada ansiedade. Entre as dezoito
diferentes respostas indicando ansiedade (suores nas palmas das mãos,
ritmo cardíaco mais rápido, e assim por diante) as mulheres informaram
experimentar doze deles significativamente com mais freqüência que os
homens. Das situações de produção de ansiedade estudadas, as mulheres
relataram experimentar significativamente mais ansiedade que os homens em
quatorze delas."
11
É
à luz destas descobertas de psicólogos, psiquiatras e pesquisadores que
o dito de Allaah, o Exaltado: E
tome duas testemunhas entre os seus homens, e se não existirem dois
homens então um homem e duas
mulheres como testemunhas -DE MODO QUE SE UMA DELES ERRAR, A OUTRA POSSA
RELEMBRÁ-LA..
[2:182 de Baqarah] pode
ser entendido. Deve-se também ter em mente que esquecimento pode ser uma
qualidade. A mulher está em contato com crianças que apresentam todo o
tipo de problemas emocionais e uma mulher certamente é conhecida como
tendo maior capacidade de recuperação do que um homem. O objetivo de
apresentar estes resultados de pesquisas sobre um número de aspectos
relacionados ao tema é indicar que uma mulher por sua constituição biológica
encara tais problemas. Entretanto isto não a faz inferior ao homem mas
ilustra que ela é diferente. Visto desta forma, isto só pode levar à
conclusão de que Allah conhece Sua criação e prescreveu leis precisas
em harmonia com a natureza da raça humana. Allah, o Criador é - como sempre - O Que Tudo Sabe e o homem (ou o descrente em Allaah e no final, aperfeiçoado modo de vida revelado, Islã) é - como de costume - ignorante e arrogante.
Notas: 1
Psychiatry in Practice, April 1993, p.14. 2
Psychiatry in Practice, April 1993, p.18. 3
Psychological Medicine, Monograph Supplement 4, 1983, Cambridge University
Press, p.6. 4
Psychological Medicine, Monograph Supplement 4, 1983, Cambridge University
Press, p.7. 5
Psychiatry in Practice, October-November, 1986, p.6. 6
Psychiatry in Practice, May, 1987, p.18. 7
Psychiatry in Practice, May, 1987, p.18. Como
foi mencionado, o Profeta Muhammad (sas) não era nem psicólogo e nem
psiquiatra. Ele meramente transmitiu a verdade que foi revelada a ele. É no
contexto desta citação e no da anterior que o seguinte dito do
Profeta Muhammad (sas) pode ser entendido: "Trata suas mulheres
bondosamente. A mulher foi criada de uma costela, e a parte mais curva de uma
costela é sua região superior. Se tentar endireitá-la você a
quebrará, e se deixá-la como é, permanecerá curva. Então trata as mulheres
bondosamente." E em outra narração: "Se tentar endireitá-la a
quebrará e quebrá-la significa divorciá-la." [Relatado
por Bukhari e Muslim]. Este é um
conselho muito importante para o homem - para ele ter paciência e não tentar
'reformar' o padrão de comportamento da mulher durante estes momentos
i.e. 'endireitá-la'. Ele não será capaz de fazer isso, uma vez que é biológico
em origem. Ao contrário, deve manter e proteger seu relacionamento com ela
mostrando bondade. 8
Psychiatry in Practice, November, 1987, p.26. 9
Psychiatry in Practice, Winter, 1989, p.16. 10
Psychiatry in Practice, Winter, 1989, p.17. 11 Katherine Blick Hoyenga and Kermit T. Hoyenga in 'Sex Differences in Mental Health', p.336.
Texto original: "Why Two Women Witness?" Adaptado do livro de Shamshad. M. Khan com modificações e adições do Dr. Abu ‘Iyaad as-Salafi.
|