Qual
é a
idéia de destino no Islam? Tudo já está prescrito por Allah?
Mesmo
as fatalidades estão encaixadas neste conceito?
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A partir desta afirmação se cai em uma aparente contradição: se somos livres para escolher, então poderia ser argumentado que podemos escolher algo que não tivesse sido decretado por Allah. A questão é que se temos o livre arbítrio é porque Allah nos criou com o Livre Arbítrio. Então a nossa liberdade de escolha é resultado de Sua Vontade, o que nos leva de volta à idéia de que nada no Universo acontece sem que Ele deseje ou permita.
A fatalidade faz parte da questão de causa e efeito. Alguém que passa seu tempo fazendo o mal, recebe o mal. Alguém que rouba, mata ou estupra e vai para a cadeia não pode argumentar que isto foi o desejo do Criador, já que ele poderia ter escolhido não fazer nenhuma destas coisas. Portanto, sua ida para a prisão é consequência direta de seus atos.
Um
exemplo clássico seria o de alguém que quisesse chegar até uma cidade e
recebesse a informação de uma pessoa honesta e confiável de que existem duas
estradas para acessá-la: uma perigosa e difícil e a outra fácil e segura. A
escolha natural seria a fácil e segura mas se a pessoa escolhe a perigosa e
dificil e sofre as consequências óbvias de sua má escolha, não pode dizer
que foi "porque Deus quis".
Mas a Vontade de Allah se manifesta na hora de nosso nascimento e na hora de nossa morte. Não temos controle sobre estes momentos. Também se encaixam neste caso as doenças ou outros sofrimentos da vida. Neste caso o muçulmano atribui tais coisas à Vontade de Allah.
A partir deste conceito, alguns poderiam argumentar que morte e fatalidades são coisas ruins e que Allah causaria o mal. Mas os muçulmanos se resignam (ou tentam se resignar) com tais fatos por acreditarem que mesmo nas situações aparentemente negativas, existe a Sabedoria de Allah determinando tais acontecimentos. Está no Alcorão:
“É possível que desgostem de algo que seja um bem para vocês e gostem de algo que seja prejudicial a vocês, mas Allah sabe e vocês ignoram.” Surata Al Bácara 2: 216
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